Minha segunda filha nasceu recentemente e um dos nossos maiores conflitos atuais não têm sido acordar pelas madrugadas, as cólicas (que graças a Deus não vieram), ou toda aquela coisa peculiar ao mundo dos neonatos. A principal angústia que nos tem cometido chama-se BARULHO. Exatamente, minha filha mais velha, às vesperas da comemoração do seu terceiro jubileu, simplesmente não consegue ver a irmã mais nova dormindo por muito tempo (algo totalmente normal nesta fase da vida) e simplesmente cerca-a de todos os brinquedos os mais barulhentos possíveis. O intento é um única e simplesmente : despertar a irmãzinha. Só que isso está totalmente fora de um sentido básico : bebês desta idade não fazem nada além de olhar, dar língua, mamar, dormir e fazer suas necessidades fisiológicas. Ou seja, é totalmente inútil para ela querer acordar a irmã para BRINCAR, simplesmente porque ela ainda não está apta para isso. Não é a fase.
E isso me fez refletir. Quantas vezes na nossa vida simplesmente não SISMAMOS de fazer barulho na hora errada, de bater o pé pela coisa errada, de insistir na pessoa errada, no emprego errado, ou insistir na desistência errada quando justamente o melhor é o contrário, simplesmente por capricho. Alguma coisa perversa dentro de nós, autodestrutiva, invejosa, vingativa ou ciumenta, simplesmente aflora, e decidimos fazer inconvenientes barulhos. Quem perde no final com isso tudo?
Nós apenas? Não, muitas outras pessoas à nossa volta. O poder de afetação das más ações é absurdamente ressonante e destruidor. Precisamos pensar duas vezes antes de darmos lugar aos maus sentimentos, más atitudes e maus pensamentos, para que, de uma hora para outra, não afetamos negativamente toda uma realidade à nossa volta.
Como diz na Bíblia : "Um só pecador destrói muitas coisas boas" Eclesiastes 9:18b
É mister aprendermos a arte do SILÊNCIO. Em toda as suas alegorias e desdobramentos positivos possíveis. Alguns dizem que só quando nos calamos é que conseguimos ouvir o que realmente importa. Talvez estejam certos...
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