quarta-feira, 25 de julho de 2012

Querido Diário...


Vivo em uma prisão sem muros. No seio da família sou controlado porque moro de favor em um imóvel de meus pais e eles ajudam financeiramente com o custeio das despesas das netas (escola, plano de saúde, fraldas, etc.) Sou controlado no trabalho, porque abri demais minha vida e as pessoas aqui são altamente zoadoras, e acabei expondo o fato de que sou um endividado mor, o que leva a recorrentes piadinhas sobre meu "consumismo" (aham, só eu não posso ter coisas caras e legais...)
Acabei de comprar o meu tão sonhado Tablet, e simplesmente não posso andar com ele na rua, por medo, não por falta de confiança em Deus, mas porque vivo no Rio de Janeiro, e a insegurança, pelo menos patrimonial "pertencial", é um fato. Não posso "dar mole" com ele em casa, meu único refúgio de uso mais amplo, por enquanto, porque tenho uma bebê aprontona de quase-dois anos de idade. Por fim posso usá-lo na faculdade para fazer anotações de aula, acessar a web (isso se o wi-fi de lá colaborasse), mas como não tenho 3G e não posso me comprometer com planos mensais decentes (de franquias gordas) por conta de minhas aflições financeiras resta-me uma estranha ansiedade persistente, que me consome sem piedade. Precisava desabafar. Por isso escolhi aqui. Simplesmente porque ninguém entra, ninguém lê, pelo menos ninguém com quem eu deva me preocupar, como no caso do Face. Parece insano, poderia simplesmente escrever isso tudo em um papel, ou entregar numa oração à Deus, mas sabe...estou carente de escrever. Parece que há uma dor que precisa ser extravazada, e o discurso, as palavras são a panacéia da minha alma afligente.
Não sei porque as pessoas são tão pouco emotivas, tão pouco passionais, tão pouco emocionais. Vivo num mundo cheio de um egoísmo simplista cartesiano assustador. Amo a vida. Mas confesso que não gosto do mundo. Não gosto deste sistema. Não sou aquele tipo de gente...Existe "tipo de gente"? Tenho pensado muito nisso ultimamente. Porque não vivemos sem os rótulos, as referências, os esteriótipos, as máximas, os axiomas? E descobri que há um grande preconceito que permeia a nossa sociedade. O preconceito contra o preconceito. Isso mesmo. Quem disse que um preconceito é necessariamente mau? E quem disse que um conceito arraigado é necessariamente um preconceito. Simplesmente não pensam sobre isso. Se pensassem, seria diferente. Será que seriam? Ah, porranenhuma! Não encham meu saco.
Ufa. Desabafei.
Estou dez mil quilos mais leve.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Meditações Magnéticas


Bom dia quadrinheiros e quadrinheiras. Atendendo a pedidos. Magneto no trono!
Feliz Dia do Amigo a todos!