quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coisas pra fazer após uma Copa frustrada

Mais um ano em que o Brasil não leva uma Copa do Mundo. Recordo que desde minha vida a este ilustre, ou nem tanto, mundo vi algumas vezes as glórias de um vitorioso campeonato e também sofri junto com o povo as mazelas das derrotas. Mas o que muda nisso tudo desta vez? Bem, nunca dantes passei por uma período de Copa do Mundo já sendo funcionário público, e vivendo assim as glórias dos pontos-facultativos e meios-expedientes em dias de jogo. Além disso o mundo está bem diferente de uns três anos pra cá do que se possa imaginar. Talvez os menos perceptivos não sintam, ou talvez isso seja só um momento meu, mas, parece simplesmente que tudo ficou mais sério de três anos pra cá. Isso me leva a uma conclusão óbvia : amadureci ao tornar-me pai. Minha filha mais nova está na marca do seu terceiro ano de vida e já tem uma mais nova aí às portas, com previsão de chegada em 'World Real of Fantasia' pra 12 de agosto. O mais louvável nisso tudo é considerar que existem tantas pessoas e vivendo tantos momentos psicológicos que lanço-me à seguinte pergunta : o que é a realidade afinal? Pra mim os "tempos presentes" podem representar um momento de luta e apreensão enquanto pra um desconhecido ao meu lado no trem pode ser o dia mais feliz da sua vida porque recebeu um sim da garota que na qual ele investe a meses, e ao mesmo tempo pode ser um dia péssimo para a senhora à minha esquerda, que sem que ninguém naquele vagão saiba, pensa em dar cabo à própria vida por ter perdido o único filho, que a sustenta, num acidente de carro.
Então de onde vêm as tais percepções de "momento" tão faladas no meio jornalístico? Ouve-se muito "esse é um bom momento para o país", ou então "são dias difíceis", ou mesmo "nunca antes na história deste país..."(rs). Mas, afinal de contas : o que define então a "energia", a "egrégora" do momento? Se Émile Durkheim estivesse entre nós provavelmente falaria em "inconsciente coletivo" ou coisas do tipo, mas não acredito nestas coisas. Acredito numa triangulação entre as seguintes forças : a mídia, as condições climáticas da localidade (incluindo pirações como estação, etc.) e a proximidade ou não de datas festivas (ou seja, todas as viagens ligadas aos calendários oficial e extra-oficial). Ou seja, o grande clima ou momento depende apenas da relação simbiótica entre o que está sendo ventilado pro povo, a época do ano (verão puxa praia, inverno gastronomia e reflexão, primavera romance, etc.) e a próxima data importante (final da copa, natal, dia das mães, Carnaval, etc.).

 E tudo isso me faz pensar...nossa, como somos suceptíveis e pequenos. Não? Um bom dia!