quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Referências Externas de Um Outro Blog


Achei legal neste texto do nosso amigo Lauro Jorge Prado, a citação do Ócio Criativo como algo benéfico nesta seara de reorganização existencio-funcional que parece que todos nós passamos desde a virada do século. Finada a primeira década do novo milênio entender que há algo de sublime e proveitoso em nosso tempo livre, superior a simplesmente desligar-se das atividades costumeiras e muitas vezes massantes, é um progresso essencial.
Trabalho numa repartição pública e convivo com pessoas com óticas muito particulares e díspares da vida. Temos aqui a empata superemotiva que sempre se preocupa demais com a dor e os problemas alheios e acaba interiorizando conflitos que não são seus, temos o cético ascensor social pornográfico, que por conta da perda precoce do pai e de presenciar muitos parentes enfrentado apertos, acabou adotando uma postura cartesiano-extra-objetiva em relação à vida, aonde o lograr de uma melhor posição econômico-financeiro-profissional parece ser o grande fim de sua vida e pouco ligado a frivolidades das leituras emocionais das pessoas, temos o playboyzinho bem enquadrado socio-profissionalmente que ascendeu a chefia cedo, o nerd rockeiro clássico-acadêmico, personagem recorrente da nata de faculdades públicas da nossa capital, e por aí vai. Provavelmente seria inviável uma síntese de tantos pensamentos, vidas e visões de mundo, não negando acidentais consensos, de tão rica gente.
Quando humanizamos mais nossa essência, formação e informação, acabamos lendo o mundo de forma mais indulgente, menos alarmista, e mais adaptada de ser. Esse mundo melhor lido permite-nos manobras de vôo e arrematada cuja vida não lega a muitos. Daí distingüem-se as águias das galinhas. Os que de fato ascendem às alturas e aqueles que catam eternamente milhos enquanto vivem, mesmo que a águia pague aluguel, e a galinha dirija uma Ferrari. Existem planos e planos, e vôos que transcendem o poderio econômico, nunca, em hipótese alguma, minimizando o grande valor funcional que o dinheiro tem e sempre terá.
Por hoje é só. Ou não...

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