Evoluindo de reflexões do dia a dia e idéias sobre diversos temas nos encaminhamos para abordagens mais práticas que alcançarão o cotidiano dos leitores gerando potencial impacto em suas vidas. (Espera-se, rs)
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Espelho Espelho Meu (2012)
"Espelho, Espelho Meu" (Mirror,Mirror - 2012) é um ótimo filme-amenidade. Apesar de conseguir empolgar e trabalhar bem a já batida proposta de reinvenção dos contos de fada.
Julia Roberts já demonstra sinais de decadência, e faltou a ela a suficiente ironia necessária para o papel, mas algo que funcionou bem é que, por ela ser uma boa atriz, conseguiu disfarçar a inadequação com o personagem sem parecer forçada ou entediada. A jovem Lily Collins saiu-se bem como protagonista desta trama às avessas. O ponto alto do filme, por incrível que possa parecer, está fora do filme. Isso mesmo. O clipe de "I Believe In Love" ao final, consegue empolgar mais do que o desfecho da história em si.
Para homens na casa dos trinta anos (and after) pode soar simplesmente como um filme dispensável, meio "Sessão da Tarde", e talvez ele seja o filme que minhas filhas assistirão na TV em tarde monótonas daqui a dez anos, mas o enfoque não é esse.
"Espelho, Espelho Meu" aborda, com bom humor, ainda que sem o "verniz" preciso, questões sociais como pesada carga tributária, vaidade e disperdício dos recursos públicos por parte dos governantes, povo passivo e iludido por discursos demagógicos...em algum momento perguntei se aquele reino não seria uma sátira do nosso Brasil, transportado para o reino dos contos de fadas europeus.
Senti falta de uma explicação para a origem do poder do espelho, e também um porque da "cobrança" pelo uso do poder só acontecer em dado momento do filme (não vou detalhar para não dar spoiller).
Ao contrário do ocorrido no "Branca de Neve" de Kristin Kreuk, o rei trouxa e enfeiçado sai de cena logo no começo, para bem da verdade nem entra em cena exatamente, mas falar mais sobre isso pode ser problemático para quem ainda não viu o filme.
Sem mais dicas antipáticas, diria que este filme peca por um único ponto principal, ressalvadas todas as questões previamente colocadas acima. O filme não tem um público alvo claro. Exato. Crianças pequeninas provavelmente acharão o filme entediante, crianças mais crescidas mas ainda não pré-adolescentes podem gostar do filme, mas não sei pensaram exatamente na faixa (6-9) ao bolarem este filme. Pré-adolescentes dos nossos dias e adolescentes já estão precoces demais e talvez achem que faltou algum tempero à trama, ainda que hajam algumas tiradas e referências forçadiiiinhas ao príncipe sem blusa, seu peitoral cabeludo e blá blá blá.
Enfim, vá ao cinema sem pretensões e fique na sala após rolarem os primeiros créditos para curtir o clipe. Bom filme!
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